sábado, 7 de abril de 2012

Afinal, o que há de errado com os nossos corpos?

As imagens que mostrarei e o tema sobre o qual falarei não são nenhuma novidade (a reportagem oficial foi publicada em janeiro de 2012). No entanto, o assunto é sempre atual. E, como existe muito preconceito (que é um dos maiores males da humanidade), é preciso sempre provocar o debate e a reflexão. E é exatamente esse o objetivo da matéria publicada pela Plus Model Magazine.
Além das belas e chocantes imagens, protagonizadas pela modelo plus size Katya Zharkova, a revista traz fatos igualmente chocantes. Há vinte anos, as modelos pesavam cerca de 8% a menos do que as mulheres comuns. Atualmente, as modelos pesam cerca de 23% a menos. Muitas das modelos de sucesso possuem índices corporais que as enquadram como anoréxicas. Esse é um dado muito sério. Anorexia é uma doença horrível e muito grave. Como podem as mulheres perseguirem esse ideal de beleza?
Há dez anos, modelos consideradas plus size vestiam os tamanhos 40 a 46. Atualmente, as modelos plus size que trabalham para as agências publicitárias vestem tamanhos que vão de 34 a 42. Logo, para ser considerada magra, ou dentro dos cruéis padrões de beleza impostos, a mulher deve vestir um tamanho menor do que 34. Há alguma lógica ou racionalidade nisso?
Cinqüenta por cento das mulheres vestem tamanhos 42 ou maiores, mas a maioria das lojas comercializa tamanhos 42 ou menores. Isso nos faz concluir que há um abismo entre o que se idealiza e a realidade, o que é muito triste.
Se a sociedade continuar a ignorar esses fatos, a mudança nunca ocorrerá. E não basta dizer que essa insanidade é imposta somente pela indústria da moda ou pela mídia, pois todos somos responsáveis. Portanto, todos temos que refletir sobre a questão e tomar atitudes que demonstrem o nosso descontentamento e insatisfação com tamanha loucura.
Não se trata de fazer um culto à gordura, a questão não é essa. O que é imperioso que se faça é combater o culto à extrema magreza. Modelos cadavéricas, ao estilo pele e ossos, não têm absolutamente nada de bonito.
Bonito é ter substância (corporal e intelectual), independente do tamanho que você vista, e se aceitar. Quem se ama, se cuida e isso não tem absolutamente nenhuma relação com os ponteiros da balança.
Liberte-se da lavagem cerebral e do preconceito. Não tem nada de errado em vestir 40, 42, 44, 46, ou qualquer que seja o seu tamanho. Apenas cuide da sua saúde física e mental. E seja feliz!
Para quem entende inglês, sugiro a leitura da reportagem completa (leia aqui). Porém, mesmo que você não entenda inglês, as imagens falam por si.

2 comentários:

  1. Belo post, Dani. Nunca entndi esse fanatismo da moda por esqueletos.

    ResponderExcluir
  2. É verdade, Cris. Eu também não entendo. Beijos, querido!

    ResponderExcluir